segunda-feira, 2 de junho de 2014

PROCISSÃO DOS ABALOS

Foto: Paulo Cardoso
foto: Paulo Cardoso
Foto: Paulo Cardoso
Foto: Paulo Cardoso
Deus criou-nos para a felicidade e para a alegria e quer que as gozemos já, neste mundo, nesta vida. Mas o pecado e o mal nem sempre nos deixam ser felizes. O sofrimento e a dor são nossos companheiros de viagem no peregrinar da nossa vida. O homem, a mulher, por mais que façam, não se libertam plenamente do sofrimento, quer este seja físico ou moral. E perante o sofrimento podemos ficar revoltados, angustiados… mas podemos, com a graça de Deus, aceitar o sofrimento com amor.

Pensemos nos sofrimentos de Cristo e no modo heróico como Ele soube sofrer, soube aceitar o sofrimento. No auge da dor, no mais agudo sofrimento, no alto da Cruz, Jesus soube aceitar com amor a vontade do Pai. Aquele crime, que nascia da maldade dos homens e que O levou à morte, foi aceite e amado sem revolta, sem amargura, è diante do Crucificado que nós aprendemos a sofrer e a amar a nossa cruz.

Vamos colocar diante de Deus todo o sofrimento do mundo. Rezemos por todos os que sofrem dum modo mais intenso e cruel; rezemos por todos os que sofrem sem fé e sem esperança; rezemos por todos os que se revoltam e não aceitam os seus sofrimentos; rezemos por todos os que não podem, não sabem ou não querem oferecer a Deus os seus sofrimentos para colaborar na redenção. Rezemos por todos e coloquemo-los juntos do Coração de Deus, pedindo que a todos ajude, conforte, alivie. Recordemos uma figura bíblica importante: Simão de Cirene. Foi ele que ajudou Jesus a levar a cruz, que O ajudou no sofrimento. Ser cireneu é uma extraordinária vocação; ser cireneu é saber ajudar os outros a sofrer, a levar a cruz, a aliviar dores e cansaços, ser cireneu é um modo maravilhoso de exercer o amor, de ser presença amiga junto dos que sofrem. Pensemos o que poderemos fazer pelos que sofrem, como os podemos ajudar, como inventar modos concretos de sermos bons e eficazes «cireneus». Pensemos também nas vezes que fizemos sofrer os outros, que aumentamos o peso da cruz.

Hoje, 31 de Maio, celebramos a festa da Visitação da Virgem Santa Maria à sua prima Santa Isabel. Maria esquecendo-se de si, vai apressadamente a casa de Isabel para ajudar, para servir. Maria ensina-nos a pensar mais nos outros do que em mim. A visitação é mistério de alegria. Alegra-se a Virgem Maria e entoa o Magnificat, alegra-se Isabel com a saudação e visita de Maria, alegra-se João baptista presente no seio de sua mãe Isabel. Toda esta alegria é por causa de Deus, por causa de Jesus que já vai no seio de Maria. Quando Jesus está presente há paz e alegria. Toda a vida de Maria foi marcada por momentos de dor aguda que Ela soube aceitar e amar. Mas talvez o ponto mais alto tenha sido a sua permanência junto à cruz de Jesus.

Ao terminar esta reflexão, queremos ficar junto de Ti, com o coração unido a Ti. Queremos, Senhor, aprender contigo a amar e a sofrer. Queremos dizer um grande obrigado por toda a paixão e morte. Queremos, Senhor, assumir o compromisso a amar-Te mais e a ajudar os outros a crescer no teu amor. Dá-nos, Senhor Jesus, estas graças. Amen.

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